A história do tradicional bairro de Higienópolis começou oficialmente no final do século 19, com os empresários alemães Martinho Bouchard e Victor Nothmann, que lançaram um loteamento de alto padrão para a nova elite paulistana.
No entanto, a região já tinha atenção desde o século 16, quando foram doadas terras aos jesuítas. No século 18, eles foram expulsos do local, seus bens foram confiscados e vendidos e, então, a aristocracia começou a construir suas chácaras.
No final do século 19, algumas obras já integravam a região de Higienópolis antes mesmo do bairro existir. Em 1892, por exemplo, foi inaugurado o Viaduto do Chá.
Na mesma época, o êxodo rural e o Ciclo do Café ajudaram no crescimento da cidade e foi quando os empresários alemães decidiram comprar uma das chácaras e criar, em 1893, o Boulevard Bouchard, que foi o primeiro nome do bairro.
O loteamento foi dividido em duas fases, Higienópolis 1 e Higienópolis 2, e possuía lotes de 700 m² a 1.000 m².
Na etapa dos altos de Santa Cecília, a primeira delas, as vias receberam os nomes de três integrantes da aristocracia local.
Sendo todas filhas de ricos barões: Maria Angélica de Sousa, filha do barão de Sousa Queirós, Maria Antônia da Silva Ramos, filha do barão de Antonina, e Veridiana da Silva Prado, filha do barão de Iguape. As vias são, respectivamente, a Avenida Angélica, Rua Maria Antônia e Rua Dona Veridiana. [corretores]
Bairro foi o primeiro com infraestrutura
O Boulevard foi lançado em 1895 e se destacou por ser o primeiro bairro a levar saneamento e a higiene doméstica às casas. Assim ele contava com encanamento de esgoto e fornecimento de água. Foi daí veio o nome: Higienópolis.
Como os lotes estavam em uma parte alta de São Paulo e longe dos córregos e rios, afastava o risco de alagamentos e surtos de malária e tifo, por exemplo.
Outra das preocupações foi facilitar o fluxo do bairro e, por isso, foi traçada a Avenida Angélica, que até hoje é sua via principal.
Febre amarela e crise ajudaram na verticalização de Higienópolis
Logo que foi lançada, a área foi ocupada pela aristocracia do café, fazendeiros, empresários, comerciantes e profissionais liberais que começaram a erguer seus palacetes – alguns ainda seguem preservados.
No início do século 20, a epidemia de febre amarela assolou a cidade de Campinas, importante palco dos barões de café.
Dessa forma pelo menos 75% da população deixou a cidade para fugir da doença e muitos foram a São Paulo para viver. Importantes empresários escolheram Higienópolis como lar.
A crise de 1929 e a Revolução de 1932 mudaram o estilo de vida de alguns desses aristocratas e foi quando começou o processo de verticalização do bairro.
O primeiro edifício foi o Condomínio Edifício Alagoas, em 1933, e o segundo foi o Edifício Santo André, uma obra de Francisco Matarazzo e do arquiteto francês Jacques Pilon, em 1935.
Até hoje o bairro se destaca por sua arquitetura. Você pode encontrar seu novo lar aqui na Kasacor Imóveis.